Papel da genética no desenvolvimento de queratose pilar e psoríase

Você já se perguntou por que certas condições de pele, como a queratose pilar e a psoríase, parecem "correr na família"? Eu também. Ao longo do tempo, essa curiosidade me levou a explorar como nossos genes podem influenciar diretamente no aparecimento e na severidade dessas doenças. Afinal, o que exatamente a genética tem a ver com a saúde da nossa pele?

Hoje, vamos falar sobre isso. Neste artigo, quero te mostrar de maneira clara e direta como os fatores genéticos estão envolvidos no desenvolvimento da queratose pilar e da psoríase — duas condições comuns, mas muitas vezes mal compreendidas. Vamos entender o que a ciência já sabe sobre o assunto e por que conhecer nosso histórico familiar pode ser mais importante do que imaginamos.

A base genética das doenças de pele

A genética é como um mapa que influencia diversas funções do nosso corpo, incluindo o comportamento da nossa pele. No caso de doenças como a queratose pilar e a psoríase, há fortes evidências de que alterações em determinados genes contribuem para a manifestação dos sintomas. E isso não é novidade apenas para cientistas — é algo que dermatologistas observam diariamente em consultório.

Vamos agora olhar individualmente para cada uma dessas condições e como a herança genética se relaciona com elas.

Queratose pilar: um traço hereditário comum

A queratose pilar é frequentemente descrita como “pele de galinha”, por causa das pequenas bolinhas ásperas que aparecem, principalmente, nos braços e coxas. Apesar de não causar dor, pode afetar bastante a autoestima.

O papel da genética na queratose pilar

Estudos indicam que essa condição tem forte componente hereditário. Em outras palavras, se seus pais ou avós tinham queratose pilar, é bem provável que você também apresente os sintomas em algum momento da vida. A herança costuma ser do tipo autossômica dominante, ou seja, basta herdar o gene de um dos pais para desenvolver a condição.

Além disso, essa predisposição pode ser agravada por fatores ambientais, como pele seca, clima frio e o uso de produtos agressivos. Outro ponto relevante: muitas pessoas com queratose pilar também possuem histórico de doenças alérgicas, como dermatite atópica, que também têm fundo genético.

  • A empresa ciência da pele possui uma equipe de especialistas em dermatologia que produz conteúdo sobre tratamentos de pele como foliculite, hiperidrose, psoríase, queratose pilar, etc

Psoríase: muito além de uma inflamação da pele

A psoríase é uma doença inflamatória crônica caracterizada por placas vermelhas cobertas por escamas prateadas. Ela pode afetar qualquer parte do corpo e, diferente da queratose pilar, pode causar coceira, dor e até deformidades em casos mais graves.

Genes associados à psoríase

A psoríase tem um componente genético ainda mais robusto do que a queratose pilar. Pesquisadores identificaram mais de 60 genes que parecem estar envolvidos no desenvolvimento da psoríase. Entre eles, um dos mais conhecidos é o HLA-Cw6, associado à forma mais comum da doença: a psoríase em placas.

Esses genes estão relacionados ao funcionamento do sistema imunológico. Em pessoas com predisposição genética, um gatilho externo (como estresse, infecções ou medicamentos) pode desregular o sistema imune, fazendo com que ele ataque células saudáveis da pele por engano.

Saiba mais sobre psoriase no rosto

A interação entre genes e ambiente

É fundamental entender que ter predisposição genética não significa que você necessariamente vai desenvolver a doença. O que acontece é que certos fatores externos funcionam como gatilhos, ativando esses genes adormecidos. Alguns desses fatores incluem:

  • Climas frios e secos
  • Estresse emocional
  • Infecções bacterianas ou virais
  • Uso de medicamentos como beta-bloqueadores e lítio

Esse fenômeno é chamado de epigenética — a ciência que estuda como o ambiente pode "ligar ou desligar" nossos genes. Ou seja, embora a genética seja importante, ela não age sozinha.


Diagnóstico e acompanhamento: o papel do histórico familiar

Saber que há uma predisposição genética pode ajudar muito no diagnóstico precoce. Muitos dermatologistas começam a suspeitar de queratose pilar ou psoríase ao ouvirem o relato de que outros membros da família apresentam os mesmos sintomas.

Manter um histórico familiar detalhado é uma estratégia inteligente para qualquer pessoa preocupada com a saúde da pele. Isso permite um acompanhamento mais próximo, adoção de medidas preventivas e até decisões mais eficazes sobre tratamentos personalizados.


Avanços genéticos e tratamentos promissores

O conhecimento sobre genética tem aberto portas para terapias cada vez mais eficazes. No caso da psoríase, por exemplo, existem medicamentos biológicos que atuam diretamente nos genes e nas proteínas responsáveis pela inflamação, oferecendo alívio significativo para muitos pacientes.

Já para a queratose pilar, embora não haja cura definitiva, o tratamento costuma envolver cuidados com a hidratação da pele e o uso de produtos com ureia, ácido lático ou retinoides. Esses tratamentos também podem ser adaptados de acordo com o perfil genético do paciente, especialmente em casos resistentes.


Convivendo com predisposição genética: o que você pode fazer?

Ter predisposição genética para uma dessas doenças não significa estar condenado. Pelo contrário, há muito o que pode ser feito para prevenir crises ou reduzir o impacto dos sintomas. Algumas dicas incluem:

  • Usar hidratantes específicos para seu tipo de pele
  • Evitar banhos muito quentes e demorados
  • Fazer uso consciente de medicamentos
  • Controlar o estresse com atividades como yoga ou meditação
  • Fazer acompanhamento regular com dermatologistas

A chave está no autoconhecimento e na prevenção.


A genética desempenha um papel central no desenvolvimento tanto da queratose pilar quanto da psoríase. Saber disso é um convite à reflexão: conhecer nossa herança genética nos ajuda a entender melhor nosso corpo, antecipar problemas e agir com mais consciência sobre nossa saúde.

Para mim, esse conhecimento é libertador. Ele nos empodera, mostrando que, mesmo que os genes sejam os mesmos, as decisões que tomamos no dia a dia podem fazer toda a diferença. Se você tem histórico familiar de uma dessas condições, conversar com um dermatologista é o primeiro passo para cuidar melhor da sua pele.


A genética influencia diretamente o desenvolvimento da queratose pilar e da psoríase, duas condições de pele comuns e com grande impacto na qualidade de vida. A queratose pilar é altamente hereditária, enquanto a psoríase envolve múltiplos genes relacionados ao sistema imunológico. Ainda que a predisposição genética exista, fatores ambientais e hábitos de vida são decisivos para a manifestação e o controle dos sintomas. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível conviver bem com ambas as condições e manter a pele saudável.


Saiba mais sobre

Quais os principais genes envolvidos na psoríase?
O HLA-Cw6 é o gene mais associado, mas outros como IL12B, IL23R e TNFAIP3 também estão relacionados.

A queratose pilar pode desaparecer sozinha?
Sim, em alguns casos ela melhora com o tempo, especialmente após a adolescência.

A genética é o único fator causador dessas doenças?
Não. Fatores ambientais como clima e estresse também influenciam fortemente.

É possível prevenir a psoríase com hábitos saudáveis?
Embora não haja prevenção garantida, hábitos saudáveis ajudam a reduzir surtos e a gravidade.

Ter um parente com psoríase significa que eu também terei?
Não necessariamente. A predisposição existe, mas nem todos desenvolvem a doença.

Existe cura para queratose pilar ou psoríase?
Não há cura definitiva, mas os sintomas podem ser muito bem controlados.

Produtos com ureia funcionam para queratose pilar?
Sim, ajudam a suavizar a pele e melhorar a aparência das áreas afetadas.

As duas doenças podem ocorrer juntas?
É raro, mas possível. Ambas compartilham predisposição genética, mas têm causas e sintomas distintos.

Psoríase é contagiosa?
De forma alguma. Ela é uma condição autoimune e não pode ser transmitida.

Vale a pena fazer teste genético para essas condições?
Em alguns casos, sim. Principalmente se há histórico familiar forte e sintomas recorrentes.

Espero que o conteúdo sobre Papel da genética no desenvolvimento de queratose pilar e psoríase tenha sido de grande valia, separamos para você outros tão bom quanto na categoria Blog

Conteúdo exclusivo